quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O A110 e os tempos de hoje


É inquestionável que o sucesso dos Alpines se deveu ao génio do seu criador, Jean Rédélé que, sendo filho do concessionário Renault em Dieppe, utilizava as peças da marca para produzir "os seus" carros, mais eficientes e rápidos, baseado na optimização da relação peso-potência através da utilização de materiais mais leves e igualmente resistentes, caso, nomeadamente, da fibra de vidro.

Quando surgiram os primeiros sucessos desportivos em França e a "Berlinette", como era conhecido, ganhou grande notoriedade, surgiu um conjunto de anúncios publicitários que valorizavam os feitos alcançados, associando-os à marca Renault.

É o caso deste que aqui reproduzimos e onde a mensagem publicitária destaca que 90% das peças da "berlinette" são de origem Renault, exemplificando-lhes a proveniência dos modelos R12 e R16, por sua vez incomparavelmente menos "performantes" que o pequeno e ágil A110.

Basta pensar no R16 (houve alguns nos ralis mas sem sucesso, mais nas frotas das assistências) e como as peças "dispostas" de outra forma geravam harmonia nos 1600 S ou SC.

Será que nos dias de hoje seria possível que uma pequena marca, "artesanal", usando 90% de peças de uma grande marca pudesse atingir o brilho que a Alpine conseguiu? Não nos parece.

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